Vinhos da Toscana: parte fundamental da cultura
Os vinhos da Toscana são tão importantes quando a sua arte e a sua história! Uma vez que venha passear por estes lados, é fundamental conhecer a tradição da produção de vinho e os sabores da Toscana.

Mas qual vinho? Há tantos vinhos aqui que a escolha pode ser dificil!
Os vinhos de mesa
Vamos lá: a primeira coisa que temos que saber é que na Italia há uma distinção na denominação dos vinhos, que é um índice de qualidade de produção e engarrafamento.
Vamos imaginar uma escadaria: no primeiro degrau encontramos os vinhos de mesa. O vinho de mesa é um vinho bastante simples: na etiqueta não se indicam as castas (variedades das uvas), a safra, o lugar de produção – pode ser um blend de castas diferentes que são produzidas em lugares diferentes. Os controles no vinho são feitos antes da comercialização. O vinho de mesa é um mundo bem variegado, podemos encontrar vinhos de mesa ótimos, mas também fraquinhos.

Os vinhos IGT
No segundo degrau encontramos o IGT (indicação Geográfica Típica): a produção do vinho tem que seguir algumas regras, que são indicadas no disciplinare, o conjunto das regras pela produção daquele típo de vinho.
O disciplinare dos IGT não é muito restrittivo: é necessario utilizar castas que foram produzidas na região geográfica declarada na etiqueta, que normalmente é uma região muito estesa – por exemplo, o oposto do que acontece com o Chianti Classico, que tem uma área delimitada na qual plantam as viderias; fora desta área o vinho não pode ter a escrita “Chianti Classico” no rótulo!

Os vinhos DOC da Toscana
No terceiro degrau encontramos o DOC (Denominação de Origem Controlada): aqui a coisa vai se complicar para o produtor!
O disciplinare do DOC é bem mais restrittivo: está escrito aonde as castas tem que ser plantadas; quais castas o produtor pode utilizar para produzir o vinho e em qual percentagem maxima cada casta pode ser utilizada; quantas toneladas de uva podem ser produzidas para cada hectar; qual é a percentagem maxima de rendimento da uva para cada tonelada; quantos anos, no mínimo, o vinho tem que envelhecer; em que meio e para quanto tempo o vinho tem que envelhecer.

Basicamente todas as fases da produção do vinho são regulamentadas, desde o principio até o fim. Antes da comercialização o vinho é controlado: os controles quimicos e organoléticos são feitos antes do engarrafamento. Alguns exemplos de vinhos DOC da Toscana: Bolgheri Rosso, Rosso di Montalcino, Barco Reale di Carmignano, Rosso di Montepulciano, Pomino.

Os vinhos DOCG da Toscana
No último degrau encontramos finalmente o DOCG (Denominação de origem Controlada e Garantida): aqui também temos um disciplinare que como no DOC regra todas as fases de produção do vinho; o que temos é mais controles! Não só há controles antes do engarrafamento, mas também depois. Para comercializar uma garrafa de vinho DOCG é necessario expor na garrafa um selo de qualidade que é dado pelo ministerio das políticas agrícolas. Quando se fala de DOCG, fala-se de vinhos topo de gama, como por exemplo: Brunello di Montalcino, Vino Nobile di Montepulciano, Chianti, Chianti Classico, Carmignano, Vernaccia di San Gimginano, Montecucco Sangiovese, Morellino di Scansano, Aleatico Passito dell’Elba, Rosso della Val di Cornia e Suvereto.
Os vinhos Supertoscanos ou Supertuscans
E os Super Toscanos? Essa é uma denominação que não tem disciplinare ou leis; foi criada para indicar aqueles vinhos que não cabem no DOCG ou no DOC (porque utilizam castas diferentes daquelas presentes no disciplinare, por exêmplo) mas que são vinhos prestigiados. Muitas vezes são vinhos feitos com uvas não tipicamente toscanas e utilizando o método francês: castas como merlot, cabernet franc, cabernet saovignon, Syrac e envelhecimento em barriques (método francês). Certo é que é que se um vinho é “Supertuscan“, é uma indicaçao de excelência de produto.

Só para falar em alguns nomes bem conhecidos no mundo inteiro são considerados Super Toscanos vinhos como o Sassicaia, Ornellaia, Masseto, Tignanello.
É possível degustar os vinhos no Chianti a partir de qualquer cidade ou em Florença.
Quer saber mais? Bem, estamos aqui à sua espera para levá-lo com a gente a saborear os nossos vinhos. Se desejar, temos uma colega que é enóloga da Associação da AIS, Associação Italiana Sommelier, que fala português e que é a autora deste post, a Agnese.
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